Nasceu em Lisboa em 1973, mas aos 3 anos mudou-se para o Alentejo, onde descobriu o sabor de viver ao ar livre, completamente à solta.
Deve ter sido aí, na rua, entre campos e barragens que começou a apreciar a natureza.
Da escola lembra-se de gostar de quase tudo. E quando lhe perguntavam “o que queres ser quando fores grande?”, encolhia os ombros indecisa.
Depois de muito pensar, lembrou-se dos campos alentejanos e de toda a bicharada da infância e finalmente decidiu-se: entrou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Biologia e mais tarde se doutorou em Ecologia. Nunca se arrependeu.
Estudou répteis, anfíbios e mamíferos. Observou como os camaleões usam os locais onde vivem, fez mapas dos lugares por onde os bichos andam, dos seus ninhos, comportamentos e habitats, etc. Trabalhou em consultoria ambiental, participou em estudos de impacto ambiental e monitorizações ecológicas.
No centro do seu doutoramento esteve um rato: o rato-de-cabrera, uma espécie vulnerável e endémica da Península Ibérica.
Hoje, para além de ratos, morcegos ou camaleões, continua a gostar de muitas outras coisas e à procura da mais especial de todas para fazer.