Mar negro

(…) acima de tudo, o que exala de “Mar Negro”, é uma enorme naturalidade, a sensação de que o que lemos não é ficção, mas sim o registo de acontecimentos reais transpostos para o papel. De forma resumida, um retrato de vidas como elas realmente são.
F. Cleto e Pina, Jornal de Notícias, 15/4/2023

Aqui não há linguagens forçadas, nem aquelas imitações infelizmente tão comuns do que supomos ser a “forma de falar dos jovens”, mas há uma capacidade de situar a narração a partir de uma vivência interior que se aborda com respeito, complexidade e vontade de imaginar um certo mundo. Se isto não chega para alterar os tais erros de percepção no que à banda desenhada diz respeito, já é difícil imaginar o que poderá chegar.
Sara Figueiredo Costa, Parágrafo (suplemento literário do jornal Ponto Final), 28/4/2023

Ana Pessoa oferece-nos uma história sobre a identidade a partir de dois olhares distintos, abordando questões como a falta de limites, as leis, a emigração, a descoberta do amor e do prazer, o casamento, a mudança, a maturidade(…) ou claro, a sempre tramada vida adulta.
Bernardo P. Carvalho faz render a única cor – um azul metalizado – com que ilustra este “Mar Negro”, juntando-lhe, como uma fronteira deixada aberta, linhas laranjas com o ar de mapas sentimentais(…). Esperemos que a dupla Pessoa/Carvalho se volte a juntar para mais uma banda desenhada.
Pedro Miguel Silva, Deus Me Livro, 5/9/2023